sábado, 1 de maio de 2010

Entrevista com Cássia Denadai Nicolletti - Psicóloga

E aí pessoal...

A profissional entrevistada de hoje é uma psicóloga, no caso uma Terapeuta Comportamental Cognitiva. Através desta entrevista vamos conhecer um pouco mais sobre: a profissão, o curso e o mercado de trabalho do curso de Psicologia, também veremos algumas dicas para hora da escolha profissional. Também vamos conhecer um pouco sobre a Cássia Nicoletti, uma psicóloga compreensiva com os problemas das pessoas e que acolhe diversas pessoas que vão à procura de seu auxílio.

Gostaria de aproveitar para agradecer muito a Dra. Cássia que me cedeu esta entrevista. Obrigado por tudo que você me ajudou a descobrir. Tudo de bom para você. Continue sendo a ótima profissional que você é.

E vamos à entrevista...

“PROFISSÕES - CONVERSANDO COM QUEM ENTENDE”
ENTREVISTA COM CÁSSIA DENADAI NICOLETTI – PSICÓLOGA

1- Como surgiu o desejo de ser psicóloga? Fale, resumidamente, um pouco de sua trajetória de escolha da profissão.

Foi em uma conversa com um colega - Paulo Canalli -, no horário de intervalo de aula. Na época eu não sabia nada sobre a profissão e passava uma novela em que Aracy Balabanian interpretava uma psicóloga. A partir daí comecei a busca para saber sobre a profissão: não foi fácil já que internet não existia e acesso a informação era algo complicado em uma pequena cidade do interior paulista. Mas, insisti e fui tomando gosto e desenvolvendo interesse pela profissão.
Com a experiência profissional fui modificando minhas atuações, mas nunca abandonei minha vocação para ações sociais, valorização da família e incentivo a autoria de pensamento como pilares que sustentam o meu fazer.

2- Como é o curso de psicologia

É um curso que exige muito leitura de textos diversos. Na minha graduação líamos nada menos de 30 páginas por aula. As aulas são baseadas nessas leituras e nas discussões que eles permitem. Tive disciplinas como anatomia, biologia, estatística, filosofia, antropologia, sociologia. As atividades práticas demoram a iniciar no curso, então logo no segundo semestre comecei a fazer estágios extra-curriculares que fizeram a diferença em minha formação.

3 - E o mercado de trabalho como está?

Costumo dizer que a Psicologia cabe em qualquer espaço que circulam pessoas, portanto em qualquer lugar podemos aplicar os conhecimentos dessa ciência. O sucesso depende muito da dedicação, empenho e a consciência de que formação profissional não se encerra com o curso de graduação, precisamos estar sempre atualizados na área. Há muitos espaços para serem conquistados e isso depende apenas de empenho, pois não há conquista possível sem luta, ou seja, será necessário escrever sua história profissional antes de alcançar o sucesso desejado.

4- Em que atividades os que fazem Psicologia podem atuar?

Em estabelecimentos de ensino desde educação infantil até pós-graduação; em empresas, clínicas, hospitais, como já disse anteriormente, em qualquer lugar onde circulam pessoas.

5 - Como é a rotina de sua profissão?

Faço atendimento clínico de segunda-feira a sábado. A cada 2 meses participo de um curso que visa aprimorar minha formação. Estou sempre pesquisando em livros e sites de instituições científicas. Faço breves anotações dos atendimentos – aposentei o velho arquivo de aço e pastas suspensas e adotei o netbook para essa finalidade – minha clientela aprova essa mudança.

6 - Quais são os pré-requisitos e as matérias mais envolvidas com a sua profissão?

Quanto a conteúdo de graduação já citei acima. Nosso conselho tem ações que visam assegurar/discutir a formação do psicólogo, apontando diretrizes necessárias e que você poderá pesquisar no site www.pol.org.br. Penso que talvez o pré-requisito principal seja a disponibilidade em ouvir e interessar-se pelo conteúdo que gera o sofrimento psíquico. A partir disso todo o resto será desenvolvido. Lembre que o cliente nunca está sozinho, pois na sua fala, sintomas e queixas de algum modo ele trás sua família, amigos, grupos sociais, grupos religiosos, enfim tudo o que está presente nos seu ambiente.

7 - Qual a mensagem que você deixa para os jovens que estão escolhendo uma profissão?

Primeiro, olhar para si e pensar nas profissões em geral: o que não me vejo fazendo? Gostaria de estar em uma situação que esteja fazendo uma cirurgia? Gostaria de trabalhar com cálculos? Me vejo no meio de roça, de gados? Conseguiria ficar atrás de uma mesa administrando pessoas ou dinheiro? Seria capaz de me envolver no mundo artístico? Tenho interesse em mecânica ou eletricidade? Sou persuasivo o bastante para conseguir vender algo? Enfim, considere todas as atividades ocupacionais e reflita quais aquelas que são impensáveis na sua vida. Assim você pode focalizar melhor suas opções e encontrar sua vocação.

8 - E uma mensagem especial para quem quer fazer Psicologia?

Passamos por muitas dificuldades para nos manter na profissão. Temos muitos modismos concorrendo conosco e que muitas vezes concorrem com nossa ciência porque a pessoa que sofre busca uma solução rápida e mágica. Ganhamos a luta quando conseguimos nos fundamentar e comprovar o efeito de nossa ciência na qualidade de vida das pessoas.